TÉDIO...

Tédio,
no vácuo da cidade plena não buscando nada!
No comprometimento da acomodação,
o cansaço indizível do sorriso esperado
e da palavra vertida vezes sem conta…
No teatro do peito arfando,
encenam-se peças roxas sufocadas no aplauso de público…
O engano pendura-se húmido pelas varandas
e nos umbrais escuros sussurram-se pestes…
O aborrecimento sem raiva de pedras lançadas ferindo
e ressacas doentias de fel apunhalando os pés.
Bocejos largos e compridos sentam-se em recados ódio
e sem a força do desafio.
Uma mão mole massaja regularmente ideias mornas…
5 Comments:
Só há uma coisa a fazer quando se está entediado... é dar uma "sacudidela" aos dias...
Embora saiba e sinta que não é nada, mesmo nada, fácil.
Beijo grande marginal…
SK
O meu tédio caiu hoje dando lugar a uma felicidade enorme :)
Os teus poemas são sempre de uma força imensa.
Beijo grande da Mar Revolto
Vivemos assim rodeado dessa cisas, dessas mãos moles. Mas ainda as vemos, não é? Ainda estamos despertos.
ah, tem toda razão... só quem tem sabe.
mudando de assunto, lendo-te estive pensando, e não sei se tem muito a ver, mas tem...
é impressionante, a vida é realmente um mistério profundo: ela é curta, cheia de duvidas... e mesmo assim entediante... e faz proeza ainda maio... mesmo sendo a vida entediante, ninguém quer morrer... Como diria um amigo: vai lá compreender a vida, que se utiliza dos dias entediantes só pra se fazer parecer normal, familiar e rotineira.
Grande abraço.
Claudio.
Tedio, tedio porque te desprezo...
adorei*
www.phantaziasnuas.blogspot.com
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