TÉDIO...




Tédio,
no vácuo da cidade plena não buscando nada!
No comprometimento da acomodação,
o cansaço indizível do sorriso esperado
e da palavra vertida vezes sem conta…
No teatro do peito arfando,
encenam-se peças roxas sufocadas no aplauso de público…
O engano pendura-se húmido pelas varandas
e nos umbrais escuros sussurram-se pestes…
O aborrecimento sem raiva de pedras lançadas ferindo
e ressacas doentias de fel apunhalando os pés.
Bocejos largos e compridos sentam-se em recados ódio
e sem a força do desafio.
Uma mão mole massaja regularmente ideias mornas…

5 Comments:

Blogger SalsolaKali said...

Só há uma coisa a fazer quando se está entediado... é dar uma "sacudidela" aos dias...
Embora saiba e sinta que não é nada, mesmo nada, fácil.
Beijo grande marginal…
SK

7:33 da tarde  
Blogger Que Bem Cheira A Maresia said...

O meu tédio caiu hoje dando lugar a uma felicidade enorme :)

Os teus poemas são sempre de uma força imensa.

Beijo grande da Mar Revolto

12:58 da manhã  
Blogger Monalisa said...

Vivemos assim rodeado dessa cisas, dessas mãos moles. Mas ainda as vemos, não é? Ainda estamos despertos.

10:09 da tarde  
Blogger Claudio L. said...

ah, tem toda razão... só quem tem sabe.

mudando de assunto, lendo-te estive pensando, e não sei se tem muito a ver, mas tem...

é impressionante, a vida é realmente um mistério profundo: ela é curta, cheia de duvidas... e mesmo assim entediante... e faz proeza ainda maio... mesmo sendo a vida entediante, ninguém quer morrer... Como diria um amigo: vai lá compreender a vida, que se utiliza dos dias entediantes só pra se fazer parecer normal, familiar e rotineira.

Grande abraço.
Claudio.

2:07 da manhã  
Blogger Unknown said...

Tedio, tedio porque te desprezo...
adorei*

www.phantaziasnuas.blogspot.com

4:51 da tarde  

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