À JANELA

Em estendal sem suportes no negro vazio, pleno de energia,
cintilam novas e anãs condicionadas de amarelo empolado,
satélites e asteróides plenos de histeria verde seco
e planetas constantes num cabeçalho de diário cósmico sem função, nem causa.
Algures na universalidade de balizas diluídas pela palavra “infinito”,
que nos habituamos a inventar justificando ignorância,
em jangadas de sonhos e idealizações contemporâneas
navegamos nos mares de teoremas
batidos por agrestes matemáticas sólidas e sem substância sentimental,
lobrigando o que o engenho permite e a visão alcança.
Pó dimensional extrapolado para a dimensão orgânica da vertigem!
Uma janela aberta para fora, pendurando-se de bicos de pés
e quase alcançando o inalcançável
à distancia de um piscar de olhos e um dedo estendido de criança,
sol na palma das mãos
e mar escorregando do horizonte rasgado num vislumbre de ocaso.
2 Comments:
profundo...
dá uma passada nos meus blogs...
Resultou enigmática esta janela para o infinito, a traduzir o mundo em modelos matemáticos...sempre muito bonito.
Enviar um comentário
<< Home